Dieta no desejo sexual do homem

 



 


 


Todos querem uma vida longa, saudável e feliz. Como isso é possível? Os aspectos hereditários e a alimentação são provavelmente dois entre os fatores mais importantes que contribuem para a longevidade. Outras características do estilo de vida, como o trabalho, atividade física, grau de estresse e exposição a substâncias nocivas também são importantes. Aspectos mais elaborados, como os objetivos individuais, criatividade, atitude e o bem-estar espiritual podem influenciar. Eu acredito que o estado nutricional, além da nossa atitude frente à vida e a maneira como lidamos com o estresse, pode modificar a saúde e a longevidade mais do que qualquer outra coisa; pode maximizar o nosso potencial ou piorar as coisas.


Muitos alimentos protegem o nosso organismo e aumentam a nossa energia. Os homens (o ser humano, de forma geral) na era moderna, entretanto, deixaram de lado os aspectos básicos da vida primitiva. Esqueceram o trabalho manual e o campo, para entrar num ritmo de vida frenético com carros e escritórios, comendo com pressa, trabalhando mais com a mente do que com o corpo. Essas novas demandas exigem uma alimentação mais adequada do que quando o indivíduo está submetido a condições menos estressantes.


A menos que preenchamos essa lacuna, nossa energia, vigor e produtividade podem ser comprometidos. Ingerir alimentos nutritivos e dedicar o tempo necessário à alimentação devem ser prioridades. Para se proteger de doenças e carências nutricionais, além de aumentar a longevidade graças à redução do risco de doenças degenerativas crônicas, os indivíduos precisam de um bom programa alimentar. A energia e vitalidade sexual também são aspectos importantes da vida do homem, especialmente para a manutenção dos relacionamentos.


O sexo seguro é um assunto em pauta atualmente, mas, sem energia, pode esquecer. A função sexual é assegurada pela alimentação adequada e a ingestão de nutrientes. A dieta saudável deve fornecer uma quantidade suficiente de proteínas e ácidos graxos essenciais, bem como de colesterol (ovos, derivados do leite) ou gorduras vegetais (encontradas, por exemplo, no azeite de oliva); esses alimentos contém precursores de alguns hormônios sexuais. Vários órgãos do sistema endócrino participam da função sexual.


A tireóide, uma glândula que regula a produção de energia e o metabolismo, depende do iodo e de vitaminas do complexo B, particularmente a tiamina e o ácido pantotênico. A função testicular é fundamental para a produção de testosterona, o hormônio mais importante para o desejo sexual nos homens. Os hormônios androgênicos produzidos pelas adrenais mantém a atividade testicular e participam do desenvolvimento sexual masculino. A vitamina E e o zinco podem ser dois elementos fundamentais quando se fala em energia sexual. As vitaminas A, E e o ácido fólico, assim como os ácidos graxos essenciais, são importantes para a produção do sêmen.


Os minerais cálcio, magnésio, zinco e enxofre, além da vitamina B12, inositol e vitamina C, são encontrados no esperma de pessoas saudáveis e podem desempenhar papel importante na fertilidade. As glândulas adrenais são importantes para a função sexual, tanto do ponto de vista fisiológico quanto em termos de produção de energia. Muitos elementos participam do seu funcionamento normal - vitaminas A, C, E, complexo B (especialmente o ácido pantotênico) e ácidos graxos essenciais.


Determinados fatores, como o estresse, o excesso de atividade mental e o uso regular de cafeína e açúcar, podem diminuir o funcionamento dessas glândulas. Em homens com diminuição da libido, a suplementação de zinco, magnésio e vitamina B6 pode ser útil. Nos casos de impotência, as vitaminas C e E, o complexo B, cálcio e o aconselhamento psicológico podem ajudar. Alguns produtos vegetais, como a raiz do ginseng, que apresenta ação estimulante, podem melhorar a disposição e aumentar a energia. Além disso, reduzir o estresse e diminuir a ingestão de drogas sedativas, como o álcool, e que interferem com a circulação, como a nicotina, também podem trazer benefícios.


Uma grande parte dos transtornos da sexualidade estão relacionados com o estresse mental e problemas de relacionamento. A prática de massagens e terapias corporais, assim como a atividade física regular, contribuem para um melhor equilíbrio em indivíduos sobrecarregados. Tudo isso pode ajudar a melhorar a energia e a disposição relacionadas à vida sexual. Nos homens com ejaculação precoce, muitos fatores podem estar envolvidos. Destacam-se a inexperiência ou a ausência de vida sexual regular, alterações circulatórias, e até mesmo alergias.


A histamina, uma substância produzida por células do organismo e que pode ser encontrada no sangue, controla a ejaculação. Em concentrações elevadas, como nas reações alérgicas, a ejaculação pode ser acelerada. Níveis reduzidos podem prolongar o tempo para a ejaculação e, em alguns casos, impedi-la. A niacina e os ácidos graxos tendem a aumentar, enquanto o cálcio e o aminoácido metionina diminuem a liberação dos estoques de histamina. Dessa forma, a ingestão de maiores quantidades de cálcio e metionina podem ser úteis para alguns indivíduos com ejaculação precoce.


Os homens, como as mulheres, têm necessidades nutricionais particulares para preservar a energia e a sexualidade. Para o sexo masculino, geralmente, são necessárias pelo menos as quantidades mínimas recomendadas de todos os nutrientes, com menos ferro e mais magnésio e vitaminas do complexo B que as mulheres. De qualquer forma, as exigências não são muito diferentes entre homens e mulheres. Os homens podem precisar de um pouco mais de ferro, particularmente quando apresentam algum distúrbio que cursa com sangramento, anemia, ou quando são vegetarianos (alguns estudos recentes, entretanto, sugerem que a ingestão excessiva de ferro aumenta o risco de doenças cardiovasculares nos homens, através de lesões oxidativas dos vasos e células hepáticas).


Obviamente, os homens também precisam de mais calorias e proteínas, tendo em vista que geralmente apresentam maior massa muscular e atividade física mais intensa. A quantidade de calorias necessárias varia de acordo com o peso desejado e a prática de exercícios físicos. Aqueles que não largam a televisão podem precisar diminuir a ingestão calórica, comendo menos e bebendo menos cerveja, além de evitar alimentos ricos em açúcar e gorduras.


O Programa Alimentar mostrado na tabela abaixo mostra as recomendações para indivíduos ativos entre 19 e 65 anos de idade. Os valores descritos variam entre as quantidades mínimas e os valores ideais. Em alguns casos, como nas calorias, gorduras, ferro e sódio, os valores inferiores podem ser mais adequados. Esses valores representam uma associação da dieta e suplementos adicionais, e determinados elementos, como o sódio, cloreto, fluoreto, fósforo e a vitamina K não costumam ser ingeridos em quantidades superiores àquelas encontradas na alimentação. Quando a dieta contém quantidades adequadas de ferro, cálcio, cobre, iodo e potássio, não é necessário adquirir suplementos, a não ser que existam distúrbios da digestão e/ou absorção.


Alguns elementos que devem ser suplementados incluem as vitaminas C e E, o complexo B, beta-caroteno, magnésio, manganês, selênio e zinco. Valores referentes à alimentação de adultos do sexo masculino (QDRs a valores ideais) Calorias 2.100-3.500 Fibras 8-20 g. Proteínas 50-75 g. Gorduras 50-75 g. Vitamina A 5.000-10.000 UIs Beta-caroteno 5.000-20.000 UIs Vitamina D 200-600 UIs Vitamina E 30-800 UIs Vitamina K* 150-600 mcg. Tiamina (B1) 1,4-50,0 mg. Riboflavina (B2) 1,6-50,0 mg. Niacina (B3)** 20-200 mg. Ácido pantotênico (B5) 7-250 mg. Piridoxina (B6) 2,5-100 mg. Cobalamina (B12) 3-200 mcg. Ácido fólico 400-800 mcg. Biotina 150-500 mcg. Colina 50-500 mg. Inositol 50-500 mg. PABA 10-50 mg. Vitamina C 60-2000 mg. Bioflavonóides 100-500 mg. Cálcio* 800-1.200 mg. Cloreto* 2-5 g. Cromo 200-500 mcg. Cobre 2-3 mg. Fluoreto* 1,5-4,0 mg. Iodo* 150-300 mcg. Ferro* 10-15 mg. Magnésio 400-800 mg. Manganês 3,0-10,0 mg. Molibdênio 150-500 mcg. Fósforo* 800-1.200 mg. Potássio* 2-6 g. Selênio 200-400 mcg. Sódio* 1,0-3,5 g. Zinco 15-60 mg. QDR: quantidade diária recomendada